O Paulo Pinheiro enviou um email comunicando do falecimento do Carlos Alberto de Medina, no último dia 03 de maio aos 78 anos. Marido da Berenice e um dos nossos vizinhos que logo se integrou na luta pelo Parque do Martelo.
Abaixo coloco o texto em que ele nos conta um pouco quem foi Carlos Alberto e fala da importância da conquista do Parque do Martelo, nos incentivando a querer fazer mais.
"Como sociólogo engajado, foi ele o autor do mais belo texto escrito sobre a luta que os moradores do Humaitá travaram em favor da criação de um parque numa encosta perto do Morro do Corcovado, contra a construção de seis espigões residenciais pela Construtora Servenco. Evitando a enunciação exaustiva de tratados e leis , Medina foi direto ao fundo da questão, propondo e defendendo a tese da necessidade de se preservar o estilo de vida carioca, tão ameaçado pelo densamento populacional predatório das matas virgens, pela destruição do meio ambiente em torno da cidade do Rio de Janeiro.
O texto acabou sendo lido no plenário da Câmara Municipal e para eternizar-se na memória da cidade foi aprovada a sua transcrição nos anais da Casa Legislativa. A partir daí, o movimento ganhou uma projeção política, levando muitos vereadores e deputados a visitarem a comunidade, dispostos a capitalizar a luta dos moradores do Humaitá .
O resultado é que o projeto do Parque do Humaitá, que antes existia apenas na vontade e no desejo dos moradores da Rua Miguel Pereira e ajdacências, tornou-se, por força desse apoio político, num projeto de Lei, convertido mais tarde definitivamente em Lei.
Abortada a construção dos espigões, o Parque do Humaitá ( hoje Parque do Martelo) tem uma existência concreta sendo utilizado com bastante assiduidade pelos moradores para várias atividades de lazer, especialmente para atividades de rercreação infantil.
A ele devemos muito pelo que nos fez por nós como amigo e pela cidade como concidadão."